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A luta para manter o poder faz novas vítimas todos os dias. Pode ser uma luta pelo poder político, econômico, cultural. Há um ano, quando a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi assassinada, em 14/03/2018, ficou claro que sua morte era em represália pela sua representação política enquanto mulher negra, favelada e LGBT. No crime de Brumadinho é explícito que o interesse econômico da empresa prevaleceu sobre a preocupação com a vida, a segurança e o meio ambiente. No caso de cada mulher que é massacrada diariamente, com condições de trabalho injustas, violentada por uma civilização machista, a luta é também cultural.
É com essa finalidade de luta que o 8 de março surgiu e se mantém como uma data importante até hoje. É um dia para denunciar a política de morte que mata a população. É mais uma oportunidade de lutar por transformações das condições de trabalho, contra a exploração e discriminação.
Graças a todos esses anos de luta que as mulheres conquistaram diversos direitos. Mas o principal, que é o direito à vida, continua sendo negado. O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país. Ou seja, o Dia das Mulheres está longe de ser uma data de comemoração. Ainda há muita luta pela frente.
O SECI está envolvido nessa missão de denunciar e lutar por uma sociedade justa e igualitária. Mas acredita que todos precisam estar juntos nessa batalha, “ninguém solta a mão de ninguém”. É tempo de resistir, lutar pela vida e pela justiça social.
Para eles vale o lucro, para nós vale a vida!