O grupo de Iniciação ao Teatro do Oprimido, dirigido pela atriz Claudiane Dias, formado com o apoio do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (SECI) prepara uma intervenção artística para relembrar os 52 anos do Massacre de Ipatinga. A atividade acontece nesta quarta-feira, 07 de outubro, às 15h, no Monumento do Massacre de Ipatinga, em frente ao Camelódromo, no Centro. O objetivo é resgatar a história do episódio relacionando-o com as opressões sofridas pela classe trabalhadora e pelos excluídos na atualidade.

 

De acordo com um dos componentes do grupo, o coordenador do SECI, Claudio Marconi, ações como essas são importantes porque há uma tentativa constante daqueles que detêm o poder econômico de apagar a memória dos que lutam pelos direitos do povo. “Nós sempre falamos que resgatar a memória é dar sentido à história e é isso que queremos fazer por meio do Teatro do Oprimido. Mostrar de uma forma lúdica o quanto os acontecimentos políticos e sociais influenciam o rumo da nossa sociedade. Não podemos silenciar diante de tantos massacres, discriminações e opressões que acontecem constantemente contra as classes menos favorecidas”.

 

Sobre o Massacre de Ipatinga – Em 07 de outubro de 1963, centenas de trabalhadores paralisaram suas atividades e protestaram em frente a Portaria da Usiminas, onde hoje está localizado o Shopping do Vale do Aço. Os operários estavam insatisfeitos com as péssimas condições de moradia, alimentação, transporte e trabalho nessa fase de implantação da Usina. Além disso, eram tratados com truculência pelos vigilantes e policiais que estavam a serviço da empresa e haviam invadido, prendido e agredido trabalhadores dos alojamentos instalados no bairro Santa Mônica.