MOHAMMED SABER/EPA
O número de palestinos mortos durante a ofensiva de Israel sobre a faixa de Gaza superou ontem a cifra de 500, despertando críticas e preocupações por parte dos Estados Unidos e das Nações Unidas por conta do alto número de civis entre as vítimas dos bombardeios.
Apesar dos diversos chamados por um cessar-fogo, a violência não deu trégua na região. Ontem, um ataque aéreo matou 28 membros de uma mesma família. Outras 11 pessoas foram mortas em um edifício bombardeado e quatro em um hospital atingido por um míssil. Assim, as vítimas fatais palestinas no conflito chegaram a 566, com 3.350 feridos desde 8 de julho, quando teve início a ofensiva. Os números são do governo de Gaza, controlado pelo grupo islâmico radical Hamas.
Do lado israelense, sete soldados morreram ontem. Com isso, são 25 militares e dois civis mortos por foguetes atirados por militantes em direção a Israel.
Ontem, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegaram ao Cairo, no Egito, para tentar resgatar a proposta egípcia de uma trégua, que Israel aceitou na semana passada, mas o Hamas recusou por exigir que antes se levantasse o bloqueio imposto há sete anos a Gaza.
Ao lado de Ban, Kerry reconheceu o "apropriado e legítimo direito de Israel de se defender", mas se disse "profundamente preocupado" com as consequências dos ataques, citando mortes de civis, mulheres e crianças.
Ban, por sua vez, disse que as hostilidades "devem parar sem precondições". "Sei que essa proposta do governo egípcio foi rechaçada devido a certas condições. Se quiserem discuti-las todas, isso levará muito tempo", afirmou.